Acredite, a tecnologia não está acabando com nossos trabalhos. Será?

15/12/2017
Posted in Trabalho
15/12/2017 Felipe Menhem

Acredite, a tecnologia não está acabando com nossos trabalhos. Será?

Quando falamos da relação entre automação, robôs e o futuro do trabalho, é difícil não chover no molhado. “A tecnologia vai acabar com TODOS os empregos”, “precisamos nos preparar para ver uma máquina fazer o nosso trabalho” e por aí vai. Esse é um assunto que eu e o Marcos discutimos com muita frequência, inclusive fazendo apostas de longo prazo. Eu, por exemplo, acho que os aviões não serão autônomos pelos próximos 100 anos. O Marcos discorda.

Brincadeiras à parte, essa é uma discussão que envolve todas as organizações e todas os setores dentro das organizações. O impacto da tecnologia e da inteligência artificial e o papel da educação nesse cenário.

(A gente promete falar mais sobre isso em 2018).

O ponto é que, esse momento de virada talvez esteja demorando para acontecer. É o que vimos nessa matéria no Quartz: “Robôs não estão acabando com os empregos rápido o suficiente – e devemos ficar preocupados“. Este é o período mais calmo do mercado de trabalho dos Estados Unidos nos últimos 160 anos, o que pode significar a calma antes da tormenta. Para termos uma ideia, entre 1950 e 1970, o tipo de trabalho que as pessoas faziam mudou drasticamente, quase 40%. Hoje esse número está em 6%. E eu imagino que o cenário brasileiro não é muito diferente.

A chegada da tecnologia no setor agrícola diminuiu a necessidade de trabalhadores no campo. A popularização e o baixo custo de eletrodomésticos fez com que a ajuda na manutenção da casa não fosse mais tão necessária. Esses trabalhos migraram para a manufatura e o setor de serviços.

Novas tecnologias movimentam a indústria e também aumentam os valores dos salários médios. Mas agora, o que podemos esperar? Nos confortamos nessa calma ou nos preparamos para o futuro?

Por que das duas, uma:

1) Se a tecnologia não está acabando com nossos trabalhos, como fica a questão da nossa formação e desenvolvimentos pessoais e profissionais? Vale a pena aprender novas habilidades onde o cenário não muda?

Ou

2) Se o “apocalipse do trabalho” realmente existir, qual é o papel das empresas e da sociedade na qualificação e recolocação da atual força de trabalho? Pessoas mudando de função dentro da organização, pessoas saindo e precisando descobrir novos trabalhos. Como lidar com esse cenário?

Essas são as questões que a gente está tentando responder. O que você pensa?

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