(Nota: texto atualizado em 31/08/2021, com pontuações sobre trabalho remoto, híbrido e mundo complexo)
Nos dois posts anteriores, conceituamos Proficiência Digital e eu contei um caso sobre como não fazer o processo de adoção de uma nova solução digital no ambiente de trabalho. Agora, em um post rápido, eu quero falar sobre pontos que devemos considerar na hora de adotar uma nova tecnologia no ambiente de trabalho. Me inspirei neste conteúdo da Elizabeth Marsh para falar sobre o assunto.
Vamos lá?
Defina o que é Proficiência Digital na sua organização
Começo concordando com Elizabeth em um ponto: é preciso conectar o conceito de Proficiência Digital com os objetivos da sua organização, de uma maneira ampla e ambiciosa. Pode parecer um paradoxo, mas faz sentido. Essa definição te ajuda a entender o projeto, a vendê-lo internamente e chamar atenção das pessoas que importam.
Para mim, a Proficiência Digital tem a ver com promover uma integração maior entre pessoas e um ambiente de trabalho cada vez mais digital e híbrido, com pessoas trabalhando no escritório ou em casa. Ou seja, trata-se de deixar as pessoas mais confortáveis com essas novas ferramentas e ambientes, de modo que elas consigam enxergar benefícios e usá-las ao seu favor. Isso é uma definição ampla. A parte ambiciosa é fazer com que essa adoção da tecnologia signifique resultados para a organização e o estabelecimento de cultura organizacional mais aberta para novidades e que estimule a aprendizagem.
A Proficiência Digital é mais do que uma iniciativa isolada na organização
Pensar em Proficiência Digital é bem útil durante a implantação de uma nova solução ou tecnologia. Porém, ainda mais útil quando pensamos de forma abrangente na organização. Um programa geral de Proficiência Digital pode ajudar a desenvolver as habilidades técnicas e humanas que serão necessárias para um ambiente de trabalho que muda com muita frequência.
Além disso, dependendo do público, é possível pensar em uma série de maneiras de desenvolver esse programa: sala de aula, workshops, aprendizado entre pares, pequenas tarefas digitais. Tudo isso, pensando em pessoas que tem nenhuma ou pouca proficiência. Uma vez que a exposição ao universo digital aumenta, podemos ainda pensar em outras possibilidades de formação.
Aproveite a habilidade atual das pessoas e o aprendizado social
Meu primeiro emprego era o que hoje é chamado de “Desenvolvedor Front-End”. Em 2001, eu era o “cara do HTML” em uma agência em Belo Horizonte. Basicamente, pegava o layouts produzidos pelos designers no Adobe Photoshop e transformava-os em páginas lindas para a internet. Sabia mais ou menos como fazer, mas melhorei porque aprendi fazendo, pegando projetos maiores gradualmente, e tive a tutoria – muitas vezes informal – de colegas mais experientes.
Mudei de carreira e, 18 anos depois, estou trabalhando com educação corporativa. A lição dessa época foi perceber o valor das pequenas demandas do dia a dia e a riqueza nas oportunidades de aprendizado social para desenvolver habilidades, técnicas ou humanas. Tente usar essa abordagem para estimular o desenvolvimento da Proficiência Digital no dia a dia da sua empresa.
Deu certo comigo, vai dar certo com você.