Existo, logo aprendo – Parte 2: Aprendizagem baseada em…

14/02/2019 Marcos Arthur

Existo, logo aprendo – Parte 2: Aprendizagem baseada em…

Como aquecimento para nossa participação no SXSW EDU 2019, vamos compartilhar ao longo dos próximos dias alguns dos aprendizados da edição passada.

Nessa série, Marcos Arthur fala sobre as várias vertentes da aprendizagem. Confira a primeira parte desse post aqui.


Problema. Projeto. Desafio. Experiência. E várias outras. Nenhuma dessas ideias é nova, e todas elas de alguma forma derivam de uma aprendizagem baseada na prática, ou learn by doing (aprender fazendo), como propôs o pensador John Dewey entre o final do século XIX e o início do século XX. O ponto comum entre essas modalidades é o foco no aprendiz, isto é, não partem de uma teoria previamente dada de alguém para alguém, mas de uma prática que necessariamente evoca o envolvimento desses aprendizes no processo de desenvolvimento e apropriação do próprio conhecimento.

Essa apropriação é fruto de um processo de engajamento que se inicia na proposta – resolver um problema, construir um projeto, vencer um desafio, viver uma experiência, etc. – mas se desenvolve na forma como os aprendizes buscam recursos para atingir o resultado, e isso é o próprio processo de aprendizagem.

Na medida em que essa busca é feita pelos indivíduos que aprendem, eles tendem naturalmente a favorecer conteúdos e formas que se conectam com seus estilos, suas personalidades, seus contextos (histórico, social, etc.) – isto é, temos uma aprendizagem personalizada sem que seja necessário um ensino personalizado. Daí a importância de um bom processo de facilitação, o que sugere a troca do provedor de conhecimento por uma figura capaz de fazer com que os aprendizes cheguem ao conhecimento com o máximo de autonomia, aprendendo a aprender.

Algumas das escolas citadas como as mais inovadoras do mundo já apontam nessa direção, como a Kaospilots, na Dinamarca, a Escola da Ponte, em Portugal, a Minerva, nos Estados Unidos, e o modelo Lumiar, no Brasil. No segmento público brasileiro, algumas escolas também estão adotando essas metodologias, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e a Escola Estadual de Ensino Profissional Joaquim Antônio Albano, em Fortaleza, CE.

Veja também:

Parte 3 – Omni disciplina

Parte 4 – Aprendizagem Informal

Parte 5 – Upskilling

Parte 6 – Lifelong Learning

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